Épico chinês entrega um Anakin Skywalker mais experiente e um Nicolas Cage em sua versão mais caricata!
Descrito por alguns como “o épico chinês com Nicolas Cage”, O Imperador pode ser uma surpresa agradável para os mais céticos. Em comparação à enxurrada de títulos milionários que vem inundando os cinemas, esta co-produção entre Estados Unidos, China e Canadá pode ser justamente o que muitos procuram. Tendo a China antiga como cenário, a trama acompanha a luta entre dois irmãos que cobiçam o posto de imperador. Para garantir sua posse, o mais velho dos irmãos coloca a cabeça do seu concorrente de apenas 14 anos à prêmio. Porém o sucessor legítimo escolhido pelo antigo rei e pai de ambos a assumir o trono é justamente o caçula. É nesse ínterim que o jovem príncipe se depara com Jacob, cavaleiro que participou das famosas Cruzadas no passado e aqui busca redenção ao se tornar seu protetor.
A história de não é exatamente original, mas isso não quer dizer que seja ruim. Montada em cima de clichês, o diretor estreante Nick Powell e o roteirista James Dormer conseguem entregar uma trama que tem como maior trunfo o timing. Sabendo distribuir bem as cenas de ação, drama e até romance em sua uma hora e quarenta minutos de duração, O Imperador se torna um filme agradável e mais interessante do que muitos blockbusters hollywoodianos por aí.
Em termos técnicos, excluindo a edição excessivamente cheia de cortes nas cenas mais acaloradas, o filme nada deixa a desejar. A ambientação das batalhas é muito boa, com a fotografia que sabe bem como envernizar cada sequencia, seja nos campos de batalha, no requinte do palácio ou na imundície de uma taverna. Somado à trilha discreta o pacote é fechado com um toque profissional competente. Pelo menos os que estão atrás das câmeras. Mas e quanto aos que estão diante delas?
Como protagonistas do épico chinês temos Hayden Christensen e Nicolas Cage. O primeiro agrada em seu papel devido sua atuação plácida, dessa vez nada irritante como foi seu Anakin Skywalker nos indigestos episódios II e III de Star Wars. O ator mostra aqui que vem amadurecendo. Porém, Nicolas Cage segue pelo caminho contrário, com uma atuação mais galhofeira do que nunca! Com apliques e cicatrizes pouco convincentes, Cage nada mais é que a personificação da vergonha alheia e a certeza de que o ex-astro desaprendeu a atuar. Já o elenco de apoio composto por atores chineses cumpre bem o seu papel.
Ao todo O Imperador é um filme discreto e satisfatório. Se fosse um aluno em uma sala de aula seria o aluno mediano, de notas regulares, mas que não chega a chamar a atenção do professor além disso, que logo esquece seu nome.
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