A Quarta Parede e a fronteira entre a encenação e o espectador
A linha que separa o público que assiste a uma obra audiovisual encenada vem sendo rompida já há bastante tempo. Na verdade, se lembrarmos do que Porter, pioneiro da linguagem do Cinema, fez no final de O Grande Roubo do Trem (1903), já encontramos a primeira quebra da Quarta Parede. Um recurso interessantíssimo que serve para inúmeros tipos de narrativas, das mais cômicas e delirantes às mais reflexivas e dramáticas.
Claro que é uma opção narrativa que exige mais sensibilidade por parte dos realizadores. Afinal, a boa dramaturgia tem como intenção embarcar o espectador em uma experiência onde ele precisa esquecer que se trata de um filme ou episódio de uma série. Quebrando a Quarta Parede, diretores e roteiristas arriscam uma cumplicidade maior com seu público, já que um ou mais personagens falarão direto para a câmera. Existem várias experiências neste sentido que deram certo. Talvez, o exemplo que venha mais fácil à cabeça hoje seja Deadpool, onde existe a autoconsciência metalinguística dentro do filme.
O assunto ainda rende bem mais. Black Sabbath, do mestre Mario Bava, também entrou nesta animada conversa, assim como a série House of Cards. Woody Allen, é claro, também não poderia deixar de ser citado. A quebra da Quarta Parede foi discutida também como um recurso de negação do estilo clássico de filmagem.
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Nos vemos na próxima quarta-feira. Até lá!
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