A influência da Era Atômica nos Quadrinhos
Quando falamos de geopolítica, é bastante óbvio o fato de que certos eventos alteram essa configuração de tempos em tempos, em maior ou menor grau. Não faltam exemplos em qualquer livro de História. Menos óbvio para a maioria das pessoas é o impacto em determinados meios de comunicação e arte. Como a mídia dos quadrinhos também está inserida nesta dinâmica, encontramos um ponto interessante quando analisamos como as HQ’s assimilaram certos pontos de virada mundiais. A Era Atômica, por exemplo, influenciou não apenas a cultura como um todo, mas também é responsável pela nova cara dos super-heróis, entre as décadas de 1950 e 60.
O Quarteto Fantástico é um dos grandes exemplos de como a Era Atômica mudou a cara dos quadrinhos.
O bombardeio atômico em Hiroshima e Nagasaki, promovido pelos EUA, além de encerrar a Segunda Guerra e dividir o mundo em dois, trouxe novos paradigmas para os heróis uniformizados dos gibis. Perdendo terreno em um mundo que parecia menos inocente naquele momento, os editores perceberam que precisavam sintonizá-los com uma nova geração de leitores. A ciência passa a ganhar mais destaque no cotidiano, então os quadrinhos entram no período conhecido como Era de Prata, com velhos heróis com origens reformuladas, mais próximos da ficção científica.
A Era de Prata também viu o estouro da Marvel, com personagens que incorporavam melhor esse espírito da Corrida Espacial, EUA X URSS e os avanços tecnológicos do período. Neste episódio, discutimos sobre os rumos que os quadrinhos tomaram a partir, e por causa, da Era Atômica.
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