Grande momento da FC soviética, Piquenique na Estrada ainda provoca reflexões
Direto das mentes dos irmãos Arkádi e Boris Strugátski, Piquenique na Estrada é um livro sobre o primeiro contato da humanidade com uma cultura alienígena. Só que não espere uma interação muito próxima entre os terráqueos e os nossos visitantes. Até porque, ninguém sabe direito o que eles vieram fazer por aqui, simplesmente por não terem procurado nenhum tipo de comunicação conosco. Curioso e se torna ainda mais intrigante por terem deixado pilhas de objetos estranhos pelos locais onde passaram.
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É aí que o título do livro se justifica. Esses objetos estranhos, que contrariam nossas leis da física, parecem simplesmente lixo descartado por um grupo a passeio. O pessimismo cósmico aqui é tratado sob um outro viés, o da indiferença de seres que seriam muito mais avançados do que nós. Tanto que, para eles, seríamos menos dignos de atenção do que insetos. Inserindo os leitores em um mundo que já lidou com isso, assimilou o evento e tenta estudar os estranhos artefatos, acompanhamos Redrick Schuhart, que trabalha como Stalker nas horas vagas, adentrando os territórios por onde os alienígenas passaram, onde a física também sofreu alterações bizarras.
Com essa premissa, os autores de Piquenique na Estrada mostram um mundo em que a ciência não é capaz de resolver este enigma. Apesar de alguns benefícios encontrados nestes artefatos, eles mais atestam a pequenez humana frente ao cosmos do que qualquer outra coisa. Um terreno fértil para as desconstruções da Ficção Científica, em um texto que também inspirou o grande cineasta Andrei Tarkovsky a criar seu filme Stalker.
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