John Carpenter se divertiu horrores em Os Aventureiros do Bairro Proibido
A filmografia de John Carpenter é bem singular. Filmes tão diferentes entre si, como Halloween, O Enigma de Outro Mundo, Fuga de Nova York e Eles Vivem, entre outros, mais ou menos próximos da atmosfera do Cinema B, cada um tornando-se um clássico que atravessou gerações. Mas o diretor fez muito mais ao longo de sua carreira, acertando e errando aqui e ali, e um outro longa que merecia um programa é dos que abrilhantou a programação da extinta Sessão da Tarde: Os Aventureiros do Bairro Proibido (Big Trouble in Little China), de 1986.
Sem muita pretensão no conteúdo, o roteiro tem uma premissa das mais básicas, deixando Carpenter à vontade para brincar por esse submundo mágico. A trama mostra um caminhoneiro, Jack Burton (vivido por Kurt Russell, parceirão do diretor), envolvido no resgate da noiva de seu amigo, capturada por um feiticeiro ancestral com um plano maligno em curso. Simples assim, existe uma batalha sobrenatural a ser travada bem no coração de Chinatown. Claro que nada disso poderia ser levado muito a sério e o filme em nenhum momento tenta forçar algum drama.
Mesmo com a única ambição de divertir, Os Aventureiros do Bairro Proibido se tornou um cult oitentista. Adorado não apenas pelos fãs de John Carpenter, o filme influenciou até mesmo um fenômeno do mundo dos games, nada menos que a franquia Mortal Kombat. Mesmo os que não gostam muito dele devem concordar que o cineasta já fez coisa muito abaixo. Fuga de Los Angeles, por exemplo…
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