Marco dos Quadrinhos franceses, a Trilogia Nikopol não perdeu o apelo
As Hq’s franco-belgas tem um prestígio enorme entre os admiradores da Nona Arte. É uma escola que legou várias obras imortais que serão apreciadas e analisadas para sempre, como Asterix, Tintim, Spirou e a lista é enorme. Sobre a ficção científica e fantasia, grandes nomes se aventuraram neste caminho, como Moebius e Druillet. O Perfuraneve e Valerian são clássicos do segmento, mas também é mais do que necessário colocar a Trilogia Nikopol no rol de trabalhos obrigatórios para qualquer admirador de Histórias em Quadrinhos.
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Escrita, desenhada e colorida por Enki Bilal, nascido na ex-Iugoslávia e naturalizado francês, a trilogia é composta por três álbuns. A Feira dos Imortais foi publicada em 1980, com suas continuações, A Mulher Armadilha e Frio Equador, em 86 e 92, respectivamente. Basicamente, a trama se inicia uma nave em forma de pirâmide, tripulada pelo panteão egípcio, que surge nos céus de uma Paris futurista, porém controlada por uma aristocracia fútil que mantém o povo na miséria. Sem combustível para seguirem viagem, os deuses pedem ajuda ao ditador, que pede em troca a imortalidade. A barganha é recusada, criando um impasse que mantém a pirâmide no céu parisiense.
O autor brinca com as aspirações patéticas comuns aos ditadores, mas expande sua narrativa com o exilado Alcide Nikopol, envolvido na trama pelo ardiloso Hórus, renegado por seus pares divinos. Os dois capítulos seguintes brincam com uma série de referências cinematográficas, montando um cenário complexo belamente ilustrado, envolvendo os leitores em um conto surreal que convida à reflexão sobre os significados desta trama.
Confira este Formiga na Tela dedicado à Trilogia Nikopol. Curta o vídeo, comente e compartilhe. Inscreva-se no canal e ative o ícone do sino para ser notificado a cada atualização. Dúvidas, críticas ou sugestões, mande um email para [email protected]. Voltamos na próxima semana!
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