As polêmicas liberdades no filme Constantine, com Keanu Reeves
Inúmeros leitores de Quadrinhos adoram o personagem John Constantine, criado por Alan Moore como coadjuvante do Monstro do Pântano. Não demorou muito para que o inglês loiro ganhasse sua própria revista, na fase conhecida como Hellblazer. Com tanta consideração da parte dos fãs, nada estranho que ele ganhasse uma adaptação cinematográfica no meio do estouro dos filmes baseados em HQ’s, isso no já distante ano de 2005. O problema é que o filme Constantine (idem) trouxe várias mudanças em relação ao material original, enfurecendo uma parcela do público. Mas, como obra fílmica, merece tanto ódio mesmo?
Por incrível que pareça, a inexpressividade de Keanu Reeves serviu bem ao papel…
Dirigido por Francis Lawrence, que talvez aqui tenha tido seu melhor momento como cineasta, Constantine, o filme, já teve muita gente detestando sem que ele tivesse sequer estreado. A coisa toda já começou com a escalação do protagonista. Keanu Reeves, com seu tipo físico diferente e norte-americano já parecia uma escolha polêmica, mas fazia sentido, já que o estúdio decidiu mudar até a nacionalidade do protagonista, ambientando a trama em Los Angeles. A verdade é que, tudo isso importa muito pouco para espectadores dispostos a avaliar uma obra com a mínima honestidade intelectual.
Sendo assim, o Constantine vivido por Reeves é mesmo diferente das páginas de suas HQ’s, mas nem por isso é menos interessante. O filme tem inúmeras qualidades de roteiro e condução narrativa, sendo muito bem sucedido na construção do clima, que – pasmem – respeita a essência daquilo que nos acostumamos a ver nas revistas do selo Vertigo, da DC Comics. É exatamente por isso que o filme merece uma análise em um vídeo dedicado a ele.
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Por hoje é só e voltamos na próxima semana! Até lá…
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