Com o mundo inteiro sabendo da confirmação de Dwayne Johnson – aquele que não quer mais ser chamado “The Rock” – como o vilão Adão Negro no filme do Shazam, além das declarações sobre o tom do filme, apareceu mais uma história interessante envolvendo o cara.
Pat Mills
O Bleeding Cool comentou o caso. O veterano roteirista de Hq’s Pat Mills falou sobre seus problemas em adaptar suas criações para o cinema:
“Tinha um chefão de uma empresa de mídia, um nome conhecido que queria “definitivamente” fazer uma série de projetos com meus personagens, incluindo Marshal Law. Eles eram “muito, muito sérios”. Desta vez parecia que não era besteira. Aí foi um montão de tempo gasto em reuniões e apresentações. Em seguida, me foram mandadas algumas artes caras e impressionantes. Para mim, pareciam levar a sério os projetos que tinham em mente. Então eu pensei, “Uau, isso deve ser sério!” . Seis meses se passaram sem novidades e sem respostas aos meus emails, então finalmente percebi que estava morto. Mas acho que venci no final. Consegui um bom preço pelas artes.”
Não foi o fim para o policial futurista caçador de super-heróis, Marshal Law:
“O timing é tudo. O que era errado ontem pode ser a escolha perfeita hoje. Erramos em Marshal Law quando apoiamos McG, que estava empenhado em faze-lo – logo antes dele lançar Exterminador do Futuro 3 (Pat Mills confundiu-se, pois McG dirigiu o filme seguinte da série, Salvation). Sua ideia para o filme chegou até a sala de reuniões do estúdio, onde não foi aprovada. Enquanto isso, descartamos The Rock, que era uma opção para o papel principal, mas eu preciso dizer – em nossa defesa – que naquele tempo ele era A Fada do Dente. Nòs simplesmente não poderíamos encarar todas as potenciais mensagens abusivas dos fãs, que nos responsabilizavam pessoalmente pelo elenco. Naquele tempo.”
Realmente, teria sido uma bomba. Não pelo The Rock, mas qualquer filme dirigido pelo McG não inspira confiança. Ainda mais adaptando uma HQ desse estilo.
Marshal Law era desenhada por Kevin O’Neill (de A Liga Extraordinária) e retratava o mundo dos super-heróis de maneira satírica e mordaz, daquela forma que os britânicos adoram. A editora Abril chegou a publicar as histórias do personagem na década de 1980, e já passou da hora de alguém republicar por aqui.
