Terremoto: A Falha de San Andreas foi comentado no Formiga na Cabine!
Não é surpresa para ninguém que Dwayne “The Rock” Johnson é um dos maiores nomes do cinema da atualidade. Toda produção envolvendo o nome do ator é a certeza de cenas incríveis de ação e piadas de momento no melhor estilo Arnold Schwarzenegger. Porém, as coisas são um pouco diferentes em seu novo filme, Terremoto: A Falha de San Andreas, onde o ator encarna um personagem que esconde o seu carisma e os seus músculos na tentativa de se provar como um ator mais sério. Será que deu certo?
Na trama, Raymond Gaines (Dwayne Johnson) é o chefe de uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros de Los Angeles com mais de 600 resgates bem sucedidos em seu currículo. Quando uma série de terremotos extremamente violentos passa a ocorrer ao longo do estado da Califórnia, causados pela traiçoeira falha de San Andreas e destruindo tudo de Los Angeles a São Francisco, Gaines parte em uma missão pessoal para salvar sua ex-esposa e sua filha, respectivamente vividas por Carla Gugino e Alexandra Daddario (herança genética fail). No elenco ainda estão Paul Giamatti, Ioan Gruffudd e Archie Panjabi.
Dirigido sem muito entusiasmo por Brad Peyton, o filme conta com nada menos que seis nomes envolvidos desde a história ao roteiro final. É evidente que o excesso de “ideias” acabou por prejudicar a produção. O filme catástrofe, como já era de se esperar, não traria nada de novo para o seu gênero a não ser cenas grandiosas de destruição e talvez um drama familiar aceitável. Também não é o que acontece. Terremoto: Falha de San Andreas é mais um na leva de produções Hollywoodianas que nos entregam tramas cada vez menos inteligentes, com personagens vazios e enredos fúteis. O filme segue a mesma linha reunindo o máximo possível de clichês “clássicos” de filmes de desastres, tais como pais que buscam salvar suas filhas enquanto reavaliam antigos relacionamentos com personagens vividas por atrizes com as quais não possuem a menor química. É impossível não lembrar de filmes como Volcano e Inferno de Dante.
Furos no roteiro, que tragam personagens aqui e ali e deixam passar despercebidos atos de insubordinação de Gaines, além de um timing péssimo entre os acontecimentos, são falhas descaradas de um script mal revisado. A falta de criatividade leva a chamada vergonha alheia quando em determinado momento durante o seu ato final, a produção tenta abraçar tantos clichês ao mesmo tempo que os acaba derrubando sobre o espectador em uma onda constrangedora de piadas visuais. Sim, você dará boas gargalhadas e não será o único!
Com falas dignas de um filme de brucutu dos anos 80 (mas sem as piadinhas) e situações que não condizem com um ator estabelecido no mercado por seu aspecto e força física, Terremoto: Falha de San Andreas é um daqueles títulos desnecessários na carreira de qualquer profissional já consolidado.