Profissionais do Crime e a excelência do Cinema de ação asiático
Desde os anos 1990, quando os filmes de ação realizados em Hong Kong estouraram para o mundo, não é novidade a sensibilidade estética que os chineses têm para um gênero tão subestimado. É mais ou menos um selo de qualidade, com várias características que formam algo que poderíamos chamar de “escola’, com várias similaridades conceituais e visuais. John Woo, Tsui Hark e Ringo Lam são nomes que se destacam no segmento, mas entre pérolas menos conhecidas do grande público, Johnnie To e seu Profissionais do Crime (Chuen jik sat sau., 2001) merece ser comentado.
Dirigido por To em parceria com Ka-Fai Wai, o filme é a adaptação de um conto que caiu na graças do ator Andy Lau (de A Grande Muralha), que interpreta aqui um dos papeis principais. Profissionais do Crime mostra a relação entre dois assassinos profissionais, o japonês O (Takashi Sorimachi, mais conhecido da TV nipônica) e o chinês Tok (Lau). Personalidades antagônicas entre si, com um privilegiando a discrição e o outro mais preocupado com a teatralidade de seus trabalhos, além de buscar a eliminação do “rival” para tornar-se o nº1.
Não apenas a relação entre os dois personagens e a famosa câmera lenta asiática, o filme também traz uma carga referencial que chama atenção dos fãs de cinema em geral. São citações diretas a vários filmes, com o próprio Tok representado como um cinéfilo dedicado que leva essa admiração para seu “trabalho”. Com essa pegada, é difícil não pensar em Quentin Tarantino, este também um notório consumidor de filmes de ação asiáticos. Completam esse cenário personagens que parecem pouco importantes, ou mesmo clichês, que depois revelam sua verdadeira importância e acrescentam muito a essa trama.
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