A melancolia do isolamento belamente retratada em O Ninguém
Com uma releitura muito inspirada de O Homem Invisível, de H. G. Wells, Jeff Lemire nos conta uma história que mistura os sentimentos mais íntimos, como solidão, com paranoia e o temor pelo diferente. O Ninguém (The Nobody) também referencia a representação cinematográfica do personagem de Wells, de James Whale. Não por acaso, uma das obras mais importantes do ciclo dos Monstros Clássicos da Universal. Abaixo, um trecho da resenha já publicada no site:
O Ninguém mostra uma situação bastante corriqueira em qualquer narrativa, não fosse pela condição de seu personagem principal. A pequena cidade de Boca Larga, em algum lugar do meio oeste norte-americano, não tem muita ação em seus arredores e o tédio da vida de seus habitantes é quase palpável. A chegada de um forasteiro tira o local de sua letargia habitual, pois o recém-chegado se apresenta com o corpo envolto por bandagens e olhos cobertos por óculos fechados como os de natação.
John Griffen (mais uma alusão direta ao protagonista de Wells, Griffin) aluga um quarto em um motel e ali se instala, sem sair ou interagir com alguém além do mínimo necessário. Evidente que o ambiente provinciano de Boca Larga propicia todo tipo de teorias estapafúrdias sobre ele, que vão do cômico ao paranoico. Lemire faz aqui seu comentário sobre essa capacidade que, infelizmente, as pessoas têm de já atribuir algo de ruim às pessoas que não se enquadram em padrões coletivos. O elemento textual é sutil, já que pessoas introvertidas e com menos habilidade social podem muito bem se identificar com a situação.
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