Com O Farol, Robert Eggers surpreendeu novamente os fãs do Terror
Depois da recepção calorosa que A Bruxa recebeu em 2015, tanto da crítica quanto dos fãs mais dedicados ao gênero do Terror, criou-se muita expectativa em torno do que Robert Eggers prepararia em seguida. O diretor, que também costuma assinar seus roteiros, chegou a ser cogitado para um duvidoso remake de Nosferatu, clássico mudo de Murnau. Ainda bem que acabou não acontecendo, o que o levou para um curioso projeto, chamado O Farol (The Lighthouse), bebendo de algumas fontes pouco comuns para os dias de hoje.
Apostando na dinâmica entre dois zeladores de um farol, ambiente naturalmente isolado, Eggers escalou os ótimos Robert Pattinson e Willem Dafoe. Desenvolve-se, a partir da chegada do personagem de Pattinson, uma tensão de difícil definição. A loucura vai sutilmente tomando conta do inexperiente recém-chegado, enquanto nós, do outro lado da tela, também tentamos interpretar a natureza destes acontecimentos.
Trazendo um ar de Horror literário mais clássico, com toques de Lovecraft e Algernon Blackwood, O Farol ainda vai além. Com a fotografa em preto e branco, o longa ganha um ar que remete a filmes soviéticos e ao expressionismo alemão. As referências chamam atenção, mas as propostas interpretativa que o cineasta nos traz garantem que o filme continue conosco muito depois do final da sessão. Confira nosso papo sobre essa obra singular.
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