Faroeste de atmosfera fantasmagórica, O Estranho Sem Nome tem Clint Eastwood como protagonista e diretor
Portugal é conhecido por batizar filmes estrangeiros de formas, digamos, um tanto peculiares. Não é à toa que O Estranho Sem Nome (High Plains Drifter) ganhou o título de O Pistoleiro do Diabo. Porque se há uma coisa que ronda o segundo longa dirigido por Clint Eastwood é o “coisa-ruim“. Lançado em 1973, ano em que o faroeste vivia o seu crepúsculo já há algum tempo, o filme abre com uma das cenas mais sinistras já vistas dentro do gênero: um misterioso pistoleiro entra numa cidadezinha do Arizona, chamada Lago, e, sem muita cerimônia, atira contra três homens. Ao saber que o trio havia sido contratado para defender o local de um grupo de bandidos, o cavaleiro se oferece para prestar seus serviços…não sem antes expor suas condições. A mais insólita delas é exigir que todo o vilarejo seja pintado de vermelho e passe a se chamar Hell (Inferno, em inglês).
Com forte influência do cinema de horror e do spaghetti-western (em especial o longa Django, O Bastardo, dirigido por Sergio Garrone, e E Deus disse a Caim, de Antonio Margheriti)), O Estranho Sem Nome usa uma atmosfera fantasmagórica para apresentar a tragédia vivida pelo protagonista, assolado por um passado violento e que engendra sua vingança praticamente em silêncio, fazendo jus ao tipo que Eastwood ajudou a imortalizar nas telas, o do cowboy de poucas palavras e tiros certeiros. No quesito direção, a mão segura do ator-diretor já pode ser conferida, em especial nas cenas de flashbacks e na inesquecível cena final. Isso sem contar a bela homenagem de Eastwood faz aos seus dois mentores cinematográficos, Sergio Leone e Don Siegel, colocando seus nomes em duas lápides do cemitério local. Um exemplar único dentro do faroeste, O Estranho Sem Nome merece uma revisão sempre e mostra que envelheceu bem e continua agradando fãs tanto do fantástico como do velho oeste.
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