Ainda atual, Laranja Mecânica é um dos grandes momentos de Kubrick
Em 1962, Anthony Burgess deu ao mundo um petardo literário de peso com Laranja Mecânica. Menos de uma década depois, o mundo do Cinema foi surpreendido pela adaptação que contou com roteiro e direção do grande Stanley Kubrick, dando origem a um dos filmes mais icônicos da história da Sétima Arte. Não sem uma boa dose de polêmica, é claro, já que o texto lidava com violência e perversidades perpetradas por um protagonista narrador, cuja eloquência acaba tornando-o até mesmo simpático para o público, uma subversão sabiamente calculada pelo próprio cineasta.
Alex DeLarge, vivido magistralmente por Malcolm McDowell, é um jovem que lidera uma gangue em uma Inglaterra de futuro indeterminado. Saciando seus ímpetos com roubos e estupros, ele acaba preso e submetido como cobaia voluntária em um experimento de condicionamento para barrar seus impulsos violentos. Assim, o livro e o filme discutem os dilemas do livre arbítrio, ao mesmo tempo em que analisam as verdades inconvenientes de um contexto que gera pessoas como Alex e sua gangue. Dos menores aos maiores detalhes textuais ou visuais, Laranja Mecânica não perdeu sua profundidade nestas 5 décadas e permanece como um material fantástico para discutir ética, sociedade e, evidentemente, cinema.
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