Um dos melhores filmes de ação dos anos 90, Fervura Máxima envelheceu muito bem
Quem foi que disse que é fácil fazer um bom filme de ação? Se a tríade tiro, porrada e bomba parece bastar para alguns realizadores, outros preferem mergulhar em águas mais profundos e fazer da tragédia, aquela mesma criada pelos gregos, o pano de fundo para filmes onde a bala come solta. O chinês John Woo é um deles e Fervura Máxima (Hard Boiled,1992) seu último trabalho na indústria cinematográfica de Hong Kong antes de se aventurar em Hollywood, é o exemplar mais genuíno do gênero, ao ponto de influenciar os americanos, auto-declarados entendedores soberanos do cinema de ação.
A vida policial Yuen, interpretado pelo carismático Chow Yun-Fat (também conhecido por sua parceria com o diretor Johnnie To), que ostenta o apelido de Tequila, muda radicalmente após a morte de seu parceiro de trabalho e melhor amigo. Traumatizado pela perda, ele resolve curar seus demônios do jeito que um bom protagonista de ação faz: buscando vingança e impedindo que mais inocentes sejam mortos pela quadrilha que inclui o alucinado Mad Dog (interpretado pelo ator Phillip Chung-Fung Kwok, figura frequente nos filmes de kung-fu da produtora Shaw Brothers) como um dos líderes. O resultado são tiroteios de tirar o fôlego (como esquecer a cena na casa de chá?), poucos e engraçados diálogos e o acompanhamento de uma trajetória nada heroica, mas repleta de poesia agridoce de um homem e seus fantasmas.
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