China Miéville construiu um mundo impressionante em Estação Perdido
Considerado como um dos escritores mais interessantes e relevantes do Fantástico contemporâneo, China Miéville faz jus à sua fama. Elogiado por gente de alto calibre no segmento, o britânico apresentou um estilo de New Weird que chama atenção logo nas primeira páginas de Estação Perdido (Perdido Street Station), com uma construção de mundo cuja ambição e meticulosidade nos fazem lembrar de ninguém menos que Tolkien. Exageros à parte, o primeiro livro da trilogia Bas-Lag é obrigatório para qualquer leitor de sci fi / fantasia não apenas por esse detalhe.
Lançado originalmente em 2000, Estação Perdido chegou ao Brasil em 2016 pela Boitempo, que já havia publicado outra obra notável do escritor, A Cidade & A Cidade. O livro apresenta a bizarra cidade de Nova Crobuzon, que abriga diversos tipo de criaturas estranhas a nós. Neste contexto, a ciência se mistura com magia e Isaac Dan Der Grimnebulin é um acadêmico pesquisador destas artes. Ele vive em um relacionamento com Lin, cuja peculiaridade de sua espécie é ter um besouro no lugar da cabeça.
Quando o Yagharek, um homem-pássaro que perdeu suas asas, procura Isaac para um trabalho nunca antes realizado, os desdobramentos desta tarefa libertam criaturas que colocam Nova Crobuzon em um perigo inimaginável. Assim, a narrativa se ocupa do esforço em deter esse mal, o que parece uma história bastante comum, mas essa impressão se dilui nas primeiras descrições de todos os seres que habitam esse mundo. Muito mais do que uma manifestação da ideologia do seu escritor, Estação Perdido desafia seus leitores na profundidade desta trama e seus personagens.
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