Calvin e Haroldo segue agradando leitores de todas as idades
Difícil encontrar alguém que afirme não gostar da criação de Bill Watterson. A tira de Calvin e Haroldo (Calvin & Hobbes) estreou em novembro de 1985, permanecendo em produção apenas por um década, mas conquistou o público da época e as gerações seguintes de uma forma indiscutível. As pequenas histórias do também pequeno Calvin e seu tigre de pelúcia, que ganha vida em sua imaginação, são verdadeiramente atemporais, dispensando análises sobre contexto histórico por conta de uma capacidade extraordinária de dialogar com seus leitores.
E esse apelo reside bastante na sinceridade de uma criança que… age como criança mesmo. Ainda que o autor, vez por outra, usasse a tira como veículo de uma discussão mais complexa, esse conteúdo não se chocava com o caráter mais lúdico de um menino que só quer brincar sem assumir responsabilidades. É exatamente esse lúdico que dialoga com todos nós e nossas crianças interiores, mas também permite que as próprias crianças leiam e se divirtam também. Nada mal para uma tira cujo nome referencia João Calvino e Thomas Hobbes.
A permanência de Calvin e Haroldo, publicado no Brasil pela editora Conrad, no imaginário de milhões de leitores contrasta com a atitude reclusa de seu criador e a recusa em licenciar o personagem. É um caso onde o que fez o trabalho famoso e querido é unicamente sua qualidade. Passados 25 anos de seu encerramento, o prazer em acompanhar essa dupla inusitada é exatamente o mesmo, uma resposta do público que a maioria dos autores só pode sonhar.
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