A versatilidade de Mario Bava em Cães Raivosos
A citação de Mario Bava já remete a giallo ou terror gótico, justificadamente. O grande cineasta que dirigiu grandes obras do gênero, como Seis Mulheres Para o Assassino, Banho de Sangue, Black Sabbath e Lisa e o Diabo tem seu nome associado ao fantástico macabro por qualquer cinéfilo, mas um exemplar em especial mostra que ele tinha bem mais a oferecer como realizador. em Cães Raivosos (1974), Bava entrega um thiller tenso e realista, bem ao estilo do que a Nova Hollywood fazia.
A trama do filme acompanha um sequestro em tempo de real, com bandidos rendendo um motorista com uma criança a bordo. ele é obrigado a levar os três assaltantes, que ainda trazem uma mulher como refém. A partir de então, o diretor leva o público em uma jornada onde a agonia pelo destino incerto dos inocentes dá o tom. A montagem é um elemento importantíssimo nesta construção e essencial para a imersão na experiência. No melhor estilo dos grandes filmes da década de 1970, que são muitos, Bava consegue deixar sua marca.
Um filme pouco lembrado nesta grande filmografia, mas Cães Raivosos é uma aula de condução narrativa, em uma hora e meia de duração. Com uma história extremamente simples, é algo que poderia ser desperdiçado em mãos menos hábeis. Felizmente, ficou mais um testemunho da grande da grandeza do maestro, arriscando-se em um terreno fora de sua zona de conforto. Os fãs já sabem que devem dar um desconto às atuações, mas isso nem de longe prejudica a apreciação do que ele tem de melhor.
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