Obra mais autoral do diretor Mario Bava, Lisa e o Diabo é um pesadelo colorido e macabro
Responsável por filmes únicos dentro da cinematografia italiana, como Black Sabbath e Banho de Sangue, o cineasta Mario Bava marcou não apenas a história do cinema, como continua sendo uma influência forte para realizadores atuais que desejam, no mínimo, inovar quando o assunto é o cinema de terror. Em 1973, ano marcado pelo sucesso do longa Barão Sanguinário, o italiano ganha carta branca de seu produtor, Alfredo Leone, para realizar uma obra mais autoral. Eis que, um ano depois, Bava presenteia o público com Lisa e o Diabo.
A mistura alucinógena de fantasia e realidade foi a opção do diretor para contar a experiência de Lisa (interpretada por Elke Sommer) durante uma viagem à Espanha em busca dos mistérios dos tempos medievais que circulam pelo local. É nesse ambiente que ela encontra Leandro (vivido por um misterioso Telly Savallas), o tal diabo do título, só que em pele de homem elegante. Os encontros dos dois são quase uma desculpa para Bava desfilar suas alegorias visuais e explorar até a última gota de cenários e locações sombrias para que o espectador adentre no pesadelo macabro vivido pela protagonista. Na mesma semana em que realizamos um FormigaLive sobre estruturas, conceitos e elementos desse gênero, seguimos no clima sinistro da Sétima Arte (para combinar com a quarentena!) e batemos um papo e tanto sobre essa pérola do cinema que é Lisa e o Diabo.
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