2000 AD, um marco dos Quadrinhos ingleses que influenciou o mundo
Quem até hoje admira a fase da DC conhecida como Invasão Britânica, que culminou na criação do selo Vertigo sob a editoria precisa de Karen Berger, pode não ter ideia da importância e da dimensão que a lendária revista 2000 AD teve no processo. Simplesmente, a publicação teve a felicidade de revelar ao mundo talentosos roteiristas, como Alan Moore, Neil Gaiman, Grant Morrison, além de desenhista do calibre de Brian Bolland e Dave Gibbons. Não apenas isso, em seu início, apresentou o personagem que se tornaria seu carro-chefe para sempre: o violento Juiz Dredd.
Com a ebulição do movimento Punk por volta de 1977, a 2000 AD tem sua história entrelaçada à carreira de Pat Mills, roteirista e editor que concebeu e comandou a publicação por muito tempo. Mills, que depois criaria o também icônico Marshal Law, vinha de outra revista extremamente subversiva, chegando para quebrar o marasmo conceitual que os Quadrinhos ingleses enfrentavam. A revista Action surge em 1975, recheada de anti-heróis violentamente reais que o público considerava reconhecíveis. Porém, a pegada da revista não passou despercebida dos setores “respeitáveis” da sociedade britânica e a editora IPC a cancelou após muita pressão externa.
Tanto melhor. Embalado na onda sci fi importada da francesa Metal Hurlant e próximos do estouro de Star Wars no cinema, Mills dá um passo atrás, segundo ele mesmo, no realismo para abraçar as temáticas fantásticas, mas, claro, mantendo a veia provocadora sob um verniz por onde os críticos não enxergariam tão fácil. Assim nascia uma das revistas mais importantes e influentes dos Quadrinhos, cuja história foi tema do nosso bate-papo. Confira!
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