O maior jogo da história do kickstarter não é um videogame. É um macabro board game com miniaturas chamado Kingdom Death: Monster. Esta semana ele destronou um leve e simpático jogo chamado Exploding Kittens para se tornar o projeto de mais alto valor de crowdfund da história da categoria dos games. Com mais de 9 milhões de dólares já alcançados, é provavelmente um dos projetos mais controversos a ser bem sucedido no kickstarter.
Na tabuleiro, Kingdom Death é um skirmish game, com um história bem longa e desenvolvida, com foco cooperativo. O criador do jogo, Adam Poots, credita sua inspiração em Heroquest e seus sucessores, especialmente em Warhammer Quest, como principal fonte para sua mecânica interna. Os jogadores começam cada campanha em uma planície escura com rostos de pedra, nus, exceto na região pubiana, e armados com nada menos do que uma pedra afiada. Conforme o arco narrativo se desenvolve, eles se tornam capazes de construir armas mais poderosas e armaduras das criaturas que matam.
A despeito das imagens fortes representadas por essas miniaturas, que incluem toda sorte de criaturas demoníacas formadas por seios e orgãos genitais, além de um grande número de monstros deformados com as tripas expostas, o jogo já possui uma base fiel de fãs, em conseguiu mais de 5 milhões de dólares só no seu primeiro final de semana no kickstarter.
Entretanto, essa não a primeira tentativa de crowdfunding de Kingdom Death: Monster. A campanha original levantou mais de 2 milhões de dólares em 2013. Depois de manufaturadas, todas as cópias foram vendidas em questão de meses. Para um core game, saindo pela bagatela de 250 mangos americanos, é um feito e tanto. Esta nova campanha tem como objetivo colocar mais algumas milhares de cópias em circulação até o final de 2017, em uma nova edição 1.5, totalmente revisada.
O criador do jogo, Poots, credita tamanho sucesso de um jogo controverso assim – e ainda por cima, não muito barato – justamente a sua liberdade e fidelidade criativa:
” Eu não vou mudar nada (nesta versão). Eu sou muito, muito afortunado e extremamente sortudo que tantas pessoas tenham gostado do que eu criei. O processo criativo foi absolutamente aberto, de aceitar tudo e não restringir os artistas de maneira alguma. Eu não vejo razão para mudar baseado na opinião muito válida de alguns sentimentos particular que algumas pessoas possam ter em relação a alguma das artes que criamos para o jogo”.
A campanha de teste da versão 1.5 vai até este sábado. O pessoal do site Polygon recebeu uma versão para testar, e promete comentar no site assim que alguma novidade surgir. Ficamos no aguardo, pois esse jogo promete abalar o mercado dos boards este ano!