Para o bem ou para o mal, ninguém discute que o lançamento de Cavaleiro das Trevas III – A Raça Superior (Dark Knight III – The Master Race) é um grande evento, ainda mais com a Panini publicando por aqui tão rápido. Sendo assim, essa minissérie em oito edições será resenhada por aqui de uma forma diferente, pois como recebemos um volume por mês e demoraria muito esperar por um encadernado, faremos a análise de cada número conforme o recebimento. Nenhuma nota será atribuída e não se preocupe com spoilers, pois o bloco do texto que entrar nas revelações estará separado e haverá um aviso antes. Vamos lá?
A parceria entre Frank Miller e Brian Azzarello no roteiro – embora o primeiro deva contribuir apenas com o nome, no fim das contas – traz expectativas variadas. Apesar da curiosidade, seria melhor deixar esse universo em paz depois do pavoroso DK II, mas não teve jeito, aqui estamos e o que eles nos deram? Existe algo novo e – principalmente – interessante a ser contado aqui? Ainda é cedo para dizer, mas o número de estreia termina deixando a vontade de conferir o próximo.
O Livro Um tem um fio narrativo básico, com um déjà vu não necessariamente agradável, pois o Batman não é visto há três anos e reaparece do nada, deixando a imprensa confusa, algo que acompanhamos por telas de TV. Já vimos isso no Cavaleiro das Trevas original, mas o único desvio aqui é que esse Homem-Morcego espanca policiais abusivos, enquanto a prefeitura cobra uma ação da comissária Yindel.
A subtrama fica por conta de Lara, filha do Superman com a Mulher-Maravilha, visitando a Fortaleza da Solidão e encontrando seu pai, mas é a cidade engarrafada de Kandor que acaba chamando atenção dela. Aliás, isso puxa a trama da mini revista que acompanha a edição. Cavaleiro Das Trevas Apresenta: Átomo #1, traz o Dr. Palmer divagando sobre sua vida super-heroica e civil, enquanto toma conhecimento dos eventos que acompanhamos no Livro Um. Neste momento, Lara chega ao laboratório.
Curto e grosso, não há quase nada a ser avaliado ainda, mas existe um gancho bacana para o próximo número. A arte de Andy Kubert faz o leitor comprar a ideia e a narrativa tem aquele pique da HQ original, algo ajudado pela arte-final de Klaus Janson, dando um toque de Miller nos bons tempos ao desenho bacana de Kubert. A cor de Brad Anderson acerta no clima e valoriza ainda mais esse conjunto. No caso da HQ da mini revista, pasme! Os desenhos de Frank Miller não tem o visual bizarro que quase todo mundo estranha hoje em dia, exceto pela capa, onde ele insiste em fazer seu “experimentalismo”. No miolo, a coisa é funcional, não incomoda, narrativa clara e pronto. Vamos esperar pelas outras edições, com suas respectivas mini revistas, e conferir se isso tem algum propósito ou é apenas uma jogada estúpida.
Abaixo, entramos na zona de SPOILERS!
O desfecho da edição – violento e exagerado de um jeito bom- lembra o Frank Miller da década de 1980. Bola dentro, assim como a revelação de que era Carrie Kelley vestindo o uniforme de Batman, seguida da frase dela que fecha a edição e revela (ou não) o destino do Homem-Morcego original. Se Bruce Wayne morreu mesmo descobriremos logo, mas o importante é que Cavaleiro Das trevas III começa bem e anima o leitor a continuar.
Até a próxima edição!
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