Yojimbo e Sanjuro, de Akira Kurosawa
Na década de 1950, Akira Kurosawa já tinha seu nome cravado na história do cinema, graças a Rashomon e Os Sete Samurais. Em 1961, o mestre entregou outra obra de igual influência com Yojimbo, trazendo mais uma vez o grande Toshiro Mifune como protagonista. Sem nenhum problema em beber das fontes da cultura ocidental, este belíssimo chanbara foi inspirado pelo texto de Dashiell Hammet e apresentou um ronin que chega a uma cidade oprimida pela disputa entre duas gangues rivais, para as quais ele faz um jogo duplo que as levará a um colapso. Um plot que inspirou Sergio Leone e seu Por um Punhado de Dólares três anos depois e até rendeu um processo, mas a semente germinou muito durante aquela década.
Yojimbo influenciou o spaghetti western de tal maneira que esse plot foi trabalhado e retrabalhado por diversos diretores. E mesmo antes que isso acontecesse, o sucesso do filme em seu mercado local acabou levando a uma continuação, que o próprio diretor relutou em aceitar no início. Em 1962, Sanjuro trouxe o personagem novamente em mais uma trama de aventura e dissimulação. Um filme inferior ao primeiro? Talvez, mas – ainda assim – com o selo de qualidade Kurosawa, novamente contando com outro grande ator, Tatsuya Nakadai, fazendo um papel diferente.
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