Uma marco psicodélico da animação japonesa
Terceiro filme da trilogia Animerama, A Tragédia de Belladonna teve uma série de acontecimentos ao longo de sua produção que acabaram por criar uma obra prima. Produzido no estúdio Mushi, tocado por ninguém menos que Osamu Tezuka, o longa não teve envolvimento direto do rei do mangá, diferente dos filmes anteriores, As Mil e Uma Noites e Cleopatra, que deixou a tarefa para o parceiro Eiichi Yamamoto. Baseado no livro La Sorciere, de Jules Michelet, Belladonna conta uma história ambientada na França medieval, onde o abuso sexual de uma jovem pelo senhor feudal da região desencadeia eventos que a levarão por uma jornada de transformação.
O longa animado, em relação aos anteriores, traz um detalhe visual que potencializa seu caráter sensorial. A falta de sincronização labial, solução adotada por conta da equipe reduzida do ilustrador Kuni Fukai trouxe mais personalidade a essa sequencia de imagens belíssimas, com detalhes visuais sutis que ajudam a contar a história que envolve bruxaria e sobrenatural. Mal recebido em seu tempo, A Tragédia de Belladonna foi restaurado em 2016, permitindo ao público entrar em contato com esse grande momento da animação mundial.
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