Primeira parte de uma trilogia temática, O Samurai do Entardecer (Tasogare Seibei) foi dirigido por Yoji Yamada e lançado em 2002. Com enfoque em um samurai pobre levando a vida com dificuldade, em meio a um país que enfrentava sua transição histórica, a obra impressiona pelo seu conteúdo dramático. Sem glorificar a imagem destes guerreiros em lutas estilizadas, é um retrato realista e profundamente humano de pessoas enfrentando circunstâncias comuns à vida.
Yamada dirigiu depois A Espada Oculta (2004) e Honra de Samurai (2006), completando sua trilogia. Nome associado ao Jidaigeki, termo do cinema ou teatro japonês que designa dramas de época, o diretor voltou-se para o universo destes guerreiros lendários, trazendo uma carga dramática que pode surpreender, ou até desapontar, quem está atrás de longas e estilizadas batalhas de espada. Inclusive, o Japão também utiliza uma terminologia específica quando a razão de ser da obra são as lutas – Chanbara, uma palavra originada pelo som da lâmina.
Primando pelo realismo, a trilogia traz lutas muito rápidas e pontuais na trama. Estas não são o objetivo de Yamada, mas desmistificar certas habilidades que entraram para o folclore, mostrando seres humanos de verdade vivendo situações com as quais podemos nos identificar e nos comover, independente da distância cultural.
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