O brilhantismo de Ruptura em seu primeiro ano
O ano de 2022 foi marcado por uma série da AppleTV+ que chamou atenção da crítica e ganhou vários prêmios. Protagonizada por Adam Scott, o que já é em si um fator de estranhamento, já que o ator é mais conhecido por papéis cômicos, Ruptura (Severance) captura o público através de sua metáfora sci fi para a opressão corporativa. O título se refere a um processo cirúrgico realizado pela Lumen, empresa onde a trama se passa, onde funcionários optam por terem suas memórias do expediente totalmente separadas das de suas vidas particulares. O que parece ser bom para lidar com alguns problemas comuns da vida vai revelando aos poucos as camadas negativas.
Com a ficção científica como pano de fundo sutil, já que as pessoas e seus dramas dentro desse ambiente importam muito mais, Ruptura suscita inúmeras discussões sobre o papel de funcionários dentro de grandes empresas. Não somente isso, também abre espaço para reflexões sutis sobre como nos relacionamos com as nossas personas sociais e como, eventualmente, uma acaba machucando a outra. Em resumo, uma estupenda primeira temporada, cuja qualidade esperamos que se mantenha nos próximos anos.
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