A lendária revista Garo e seus mangás alternativos
Em uma indústria gigante como a dos mangás no Japão (confira a resenha de Mangá: O Poder dos Quadrinhos Japoneses) não é fácil se destacar. Ainda mais arriscando-se com um material diferente, como é o caso do nosso assunto aqui. A revista Garo tinha seu diferencial na editorial, pois publicava mangás alternativos e de vanguarda. Foi uma antologia mensal, fundada em 1964 por Katsuichi Nagai, seguindo até 2002.
Nagai fundou a revista com Sanpei Shirato, que emprestou o nome de um de seus personagens para nomear a publicação. A primeira série publicada pela Garo foi o drama ninja Kamui, que chegou a ser publicado no Brasil pela editora Abril, durante a década de 1990. O trabalho trazia impressas as fortes convicções esquerdistas de Shirato. O pontapé inicial foi dado e vários artistas foram revelados pela antologia, o que alavancou carreiras.
(Falando em mangás, confira também as resenhas de Ayako e Fragmentos do Horror)
A popularidade da Garo e seus mangás diferentes teve seu ápice no começo da década de 1970. Ao longo da década, e da seguinte, infelizmente, enfrentou um declínio. As vendas, que atingiam a espetacular marca de oitenta mil exemplares, caíram para números que mal chegavam a vinte mil. Nagai conseguiu manter a independência até 1991, quando a empresa foi comprada por uma companhia de games, mas foi mantido como diretor até sua morte em 1996.
Dentro da nova administração, a insatisfação sobre os rumos mais comerciais da revista serviram como estopim para a debandada de vários autores regulares.O fim melancólico na década seguinte não diminui o legado da Garo. Conheça mais sobre esse recorte da História dos mangás assistindo a esse episódio do Formiga na Tela. Curta o vídeo, comente e compartilhe.
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