Radical é pouco para definir RanXerox…
Marco dos quadrinhos italianos e da Nona Arte em geral, RanXerox foi criado por Stefano Tamburini em 1978, na revista marginal Cannibale. Ali, o androide criado a partir de peças de máquinas fotocopiadoras ainda não tinha sua temática ou seu visual definitivos. Nem seu nome, na verdade. Naquele momento, ele chamava-se Rank Xerox, o que gerou um certo desconforto por parte da conhecida empresa. O roteirista, como seu personagem, mostrava disposição para arrumar briga, encarnando bem o espírito do movimento Punk.
Reflexo de um momento complicado para a juventude na Itália, que gerava identificação com pessoas de outros países, Rank Xerox não demorou a chamar atenção. Vivendo em um futuro indefinido e distópico, o ser artificial traduziu o desconforto generalizado de uma geração sem perspectiva, o que chamou a atenção do periódico Il Male. Esse sucesso propicia o encontro de Tamburini, responsável também pela arte até ali, com o genial Tanino Liberatore, cujo brilhantismo o coloca ao lado de lendas como Milo Manara (falando nele, já viu o programa sobre Bórgia?).
Neste momento em que Liberatore assume a arte, finalmente temos o RanXerox que ultrapassaria as fronteiras de seu país. Agora na revista Frigidaire, a mitologia do personagem e a “cara” das histórias se consolidou. Entra em cena Lubna, personagem cuja concepção contou com o mítico Andrea Pazienza (de Os Últimos Dias de Pompeo). A namorada do nosso protagonista era mais um fator para chocar os leitores desavisados, afinal, ela tinha apenas doze anos e viciada em heroína.
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É isso! Até a semana que vem…
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