A subversão de Madoka Magica
O que você daria para ter poderes incríveis? Sua liberdade? Ou mesmo sua vida? Parece uma escolha extrema. A questão é que, muitas vezes na vida, fazemos escolhas extremas sem ter noção do que elas realmente podem nos trazer – e muitas vezes sem saber o seu real custo. No caso das mulheres, é doloroso saber que essa escolha sequer é feita por elas mesmas em muitos casos. É sobre essa metáfora de liberdade, escolha e poder que trata Puella Magi Madoka Magica, anime de 2011 posteriormente adaptado para o mangá. Madoka Magica, abreviadamente, conta a história da menina Madoka, a quem Kyubey, uma entidade alienígena que assume a forma de um gatinho, oferece poderes fenomenais em troca do seu compromisso na luta contra bruxas, seres malignos que atacam o mundo sem que as pessoas saibam.
A premissa parece apenas um maho shoujo – o nome dado ao subgênero de garotas mágicas dos mangás – mas, na verdade, se trata de uma grande subversão e crítica do tema, já que, originalmente, era algo revolucionário e afirmativo, mas que foi cooptado e pasteurizado pela indústria, perdendo seu potencial e relevância para o público feminino. Com a ajuda do convidado Rafael Machado Costa, do canal Ilha Kaijuu, exploramos todas as causas e consequências do subgênero maho shoujo que culminam e são explorados em Madoka Magica, e nas possibilidades do tema após o anime.
Assista!
