Um dos grandes momentos de John Carpenter em Eles Vivem
Com uma carreira já consolidada no meio da década de 1980, John Carpenter conseguiu surpreender novamente em 1988, quando trouxe mais um clássico para sua filmografia. Eles Vivem (They Live) manteve a pegada de filme B que sempre caracterizou o diretor, mas apresentou alguns conceitos muito espertos e irônicos, não apenas para a ficção científica enquanto gênero. A lógica de costume em filmes sobre invasão alienígena foi subvertida, mas a história trouxe críticas diretas ao american way of life da era Reagan.
(Confira outras obras de John Carpenter no Formiga na Tela: Fuga de Nova York e Halloween)
Com um protagonista andarilho, vivido por Roddy Piper, grande nome da Luta-Livre nos EUA, o filme parte de um conto escrito por Ray Nelson. No mundo de Eles Vivem, a invasão já aconteceu quando a narrativa começa, mas as pessoas não se dão conta disso. O motivo é que a infiltração foi através do sistema financeiro norte-americano, mantendo as pessoas presas em um ciclo de consumo letárgico. O personagem principal descobre isso através de um tipo especial de óculos que permite ver quem são os alienígenas entre os humanos, além das mensagens subliminares em tudo que essa sociedade produz.
A resistência procura expor os invasores e derrubas esse sistema. Na brincadeira, Carpenter consegue criar uma relação com o mito da Caverna de Platão, quando o protagonista precisa convencer o amigo a usar os óculos e enxergar a realidade. São momentos como esse que tornaram o filme uma obra cultuada que ainda vale a discussão.
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