O D&D Monster Manual agora serve para mais coisas além de fornecer bucha de canhão para os seus jogadores
Aquela sua boa e velha party de Dungeons & Dragons jamais contaria com uma mantícora paladina, um gárgula ladino, uma hiena feiticeira ou um cubo gelatinoso monge. Mas não seria bacana demais?
Pois bem, um jogador de D&D com tempo sobrando dedicou um ano e meio de trabalho para converter cada uma das criaturas no D&D Monster Manual em um personagem jogável – e agora os jogadores podem realizar o seu sonho secreto de ser um mastife de montaria matador de dragões!
O D&D Monster Manual da 5e!
Como você bem deve saber – e se não sabe, muito me estranha estar lendo essa matéria – o Monster Manual reúne centenas de criaturas para sua party trombar no meio da aventura, sendo que a imensa maioria não se encaixa exatamente no padrão humanóide das raças jogáveis padrão. Afinal, D&D é um divertido jogo de degradação, exclusão e assassinato de espécies diferentes. Muito educativo.
Fato é que, por esse motivo, a maior parte dos mestres não permite aos seus jogadores fugir muito desse modelo – o que é justo. Afinal, não dá para desenvolver uma trama muito bem se seu grupo é composto por morcegos, gosmas e cogumelos; assim como é difícil manter os stats do seu grupo equilibrados se ele tem um ente e um kobold nele.
Vai ter verme-púrpura mago sim. Se reclamar, vai ter dois
Assim, para realizar esse estranho fetiche dos jogadores, o criador Tyler Kamstra desenvolveu um homebrew mod (jargão usado para designar material de jogo independente e não-oficial) chamado “Monstrous Races”, que oferece maneiras para os jogadores encarnarem qualquer um dos monstros do D&D Monster Manual, usando stats, notas de role-play, e tudo o que nós podemos esperar ver listado ao da raça “Humano”, no D&D Player’s Handbook.
Sim. Essa desgraça também está no mod.
Para jogar com um basilisco, por exemplo, os jogadores podem tentar petrificar uma criatura com seu olhar como uma ação. Isso é bastante útil, já que basiliscos não tem mãos, o que os torna potencialmente incapazes de erguer uma espada. Para jogar com um banshee, um espírito morto-vivo de uma falecida meio-elfa, Kamstra recomenda que os jogadores cobicem objetos bonitos e permaneçam sempre dentro de 8 kilômetros do lugar onde a banshee morava quando era viva.
