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X-MEN X-PERIENCE – Coletiva de imprensa com PATRICK STEWART e JAMES McAVOY

Dia 14 de maio, quarta-feira. Depois de uma manhã divertida, assistindo ao filme X-Men : Dias de um Futuro Esquecido na cabine de imprensa – a resenha sai nos próximos dias – fomos ao Grand Hyatt Hotel para participar de um dos eventos do X-Men X-Perience em São Paulo. Essa é uma estratégia da Fox, detentora dos direitos dos mutantes no cinema, em que o elenco foi dividido para que cada dupla visitasse um país para divulgar o filme, e o Brasil foi contemplado com a presença das duas versões do Professor Xavier para a coletiva de imprensa: Patrick Stewart e James McAvoy.

James McAvoy

James McAvoy

Patrick Stewart

Patrick Stewart

Com Roberto Sadovski como mestre de cerimônias, o evento começou com Sir Patrick arriscando um “Boa tarde”. Os dois atores foram muito simpáticos com os presentes e se mostraram bastante à vontade. Durante as perguntas, nenhuma grande novidade ou surpresa. Felizmente, ninguém tocou em assuntos relativos aos problemas que o diretor do filme, Bryan Singer, enfrenta atualmente. Acusado de abuso sexual, o cineasta foi sumariamente afastado de qualquer tipo de promoção da nova aventura dos X-Men. O Xavier veterano da série não poupou elogios à sua versão jovem, e o escocês James McAvoy, por sua vez, comentou o peso que existe ao tentar não decepcionar um ator da grandeza de Stewart. Logo depois, o único comentário envolvendo Singer partiu do próprio ator inglês quando indagado sobre o que o levou a participar do primeiro X-Men, em 2000. “Eu gostaria tanto que ele estivesse aqui conosco.” Disse Patrick, que afirmou que foi o diretor quem o convenceu que não se tratava apenas de uma franquia de grande orçamento, mas que havia muito mais ali. Sobre outro icônico personagem pelo qual é conhecido, o capitão Picard de Star Trek – A Nova Geração, ele também falou sobre as qualidades que fazem um grande líder, “A capacidade de colocar-se no lugar de outras pessoas.” James McAvoy descreveu as dificuldades que teve no primeiro filme da série mutante em que atuou, X-Men – Primeira Classe, ao compor uma versão mais jovem de um personagem que já estava completamente estabelecido no cinema. “Mudam as roupas, muda o cabelo, mas e o caráter?” Sobre a experiência do encontro dos dois atores no novo filme, ele diz que neste caso foi mais fácil desenvolver, já que contou com a presença de Patrick Stewart na equipe, que complementou afirmando que viu características da sua composição de personagem na atuação de McAvoy. Em meio ao clima já descontraído da coletiva, houve espaço até para uma brincadeira do repórter do CQC, Felipe Andreoli, que não verbalizou sua pergunta, convidando as duas versões de Charles Xavier a lerem sua mente. “Sim, eu estou usando cueca.” Mandou McAvoy aproveitando a deixa da piada e arrancando risadas gerais. O momento de humor foi mantido quando os atores foram perguntados sobre o que fariam se pudessem viajar no tempo .“Talvez eu devesse recusar alguns filmes dos quais não me orgulho” foi a resposta de James.

O autógrafo foi um privilégio raro durante o evento

A curiosidade maior foi descobrir, pelas palavras do próprio, que Patrick Stewart já esteve em São Paulo em 1962, na ocasião de uma apresentação de seu grupo teatral, liderado por Vivien Leigh. “Lembro daqui como uma cidade pequena e brilhante”. Fã de futebol, ele disse estar feliz por que o levariam para conhecer o técnico da seleção brasileira, Felipão, e aproveitou para brincar com o colega de cena escocês, que disse que torcerá pela Inglaterra no Mundial. Com o evento chegando aos momentos finais, não foi surpresa que o assunto caminhasse para questões como o otimismo em relação ao futuro e à diminuição da intolerância, já que esses são temas centrais em X-Men.  Patrick Stewart mostrou-se esperançoso quanto alguns progressos nesse sentido, especialmente nas questões dos direitos dos homossexuais, uma causa que seu amigo e também colega em X-Men, Ian McKellen, representa dentro e fora da classe artística. Sobre as metáforas dos quadrinhos, e consequentemente dos filmes, ele diz que são bastante óbvias, mas que o último filme traz uma diferença fundamental, que são os mutantes de diferentes ideologias se unindo contra um inimigo comum. James McAvoy se mostrou um tanto reticente quanto às lideranças políticas, mas também não esconde o otimismo e reforça a mensagem do filme. “O ser humano ataca quem ele acha que o atacará.” declarou, e terminou torcendo para que a humanidade evolua para uma condição menos agressiva.

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