5 casais de cinema radicais pra você apimentar seu dia dos namorados com muita ação!
Se um certo poeta português (para os desavisados, o nome dele é Luís de Camões) escreveu quer amor é fogo que arde sem se ver, a turma que integra a lista marota que você lerá a seguir parece que discorda do homem dos versos. O negócio deles é deixar a coisa, no caso, o amor, queimar a olhos vistos! Para não deixar passar em branco o Dia dos Namorados, listamos os 5 casais de cinema radicais. E tem para todos os gostos, do universo fantástico até uma dupla cheia de problemas com a lei. Afinal, toda forma de amor vale a pena. Na telona e na vida. Confere aí!
5 – Conan e Valéria (Conan, O Bárbaro – 1982)
O que dizer de uma moça que volta da morte para dar apoio ao seu amado? O interlúdio romântico do filme dirigido por John Milius pode não ser um modelo de romantismo, mas merece integrar a lista, já que é preciso muito amor para lidar com o cotidiano um tanto movimentado do bárbaro nascido na Ciméria e criado por Robert E. Howard. Marasmo e rotina tranquila não fazem parte da vida de Conan, nosso quinto colocado.
4 – Clarence e Alabama (Amor à Queima-Roupa – 1993)
Um fã de Elvis Presley e quadrinhos e uma prostituta sonhadora. Só essa descrição já basta para tornar Clarence Worley (Christian Slater) e Alabama Whitman (Patricia Arquette, que ilumina qualquer cena onde aparece) dignos do título de casal radical. Mas o filme dirigido por Tony Scott e roteirizado por Quentin Tarantino reforça em cada quadro a potência do amor dos dois que se apaixonam e se casam em tempo recorde, quase tão rápido quanto os tiros disparados ao longo da trama. Até a “prova de amor” de Clarence foge do óbvio: após uma aparição de seu ídolo Elvis, interpretado por Val Kilmer, que lhe dá o conselho de assassinar o cafetão de Alabama para tornar o mundo um lugar melhor, Clarence dá início a uma fuga repleta de escolhas erradas. O resultado: um dos tiroteios mais bacanas do cinema dos anos 90 como cena final! O amor não é lindo??
3 – Mickey e Mallory (Assassinos Por Natureza – 1994)
E a década de 90 foi mesmo repleta de casais de cinema radicais! Woody Harrelson e Juliette Lewis deram vida aos apaixonados por violência que saem pelo meio oeste americano matando gente como se não houvesse amanhã. O longa dirigido por Oliver Stone (que tem mais uma vez Tarantino como roteirista) foi acusado de glorificar a violência e fazer de Mickey e Mallory heróis. Polêmicas à parte, entre um assassinato e outro, os dois só querem saber de romance e merecem a medalha de bronze da nossa listinha e um espaço em nossos corações cinéfilos.
2 – Sailor e Lula (Coração Selvagem – 1990)
Um príncipe, uma princesa e uma bruxa que faz de tudo para separá-los. Parece o resumo de um conto de fadas, mas poderia muito bem ser a sinopse deste romance que só David Lynch poderia assinar a direção. Nicolas Cage e Laura Dern possuem a química perfeita para um casal que foge das armadilhas criadas pela mãe de Lula, Marietta (interpretada pela mãe de Laura Dern, a ótima Diane Ladd), para separar o casal que prometeu ficar junto até a morte. Durante a jornada pelo sul dos Estados Unidos, eles fumam muito, transam muito e conversam mais ainda, divagando sobre a vida, a morte, o rock e, é claro, o amor interminável que sentem um pelo outro. David Lynch fez desse um dos mais radicalmente românticos filmes de sua carreira. Os apaixonados, por alguém e pelo cinema, agradecem.
1 – Bonnie e Clyde (Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas – 1967)
Um clássico é um clássico! E como esquecer de um dos casais de cinema mais perigosos do período da Grande Depressão? Além de ser um dos primeiros filmes da chamada Nova Hollywood, o longa de Arthur Penn, que esbanja sensualidade sem esquecer os momentos de ação, ajudou a imortalizar os atores Warren Beatty e Faye Dunaway como os protagonistas de um amor que sobreviveu a vários roubos a banco, mas que acabou em uma emboscada, mostrada no filme em uma das cenas mais simbólicas não só de um novo tempo em Hollywood, mas em uma nova etapa no retrato do amor em tempos de balas. Muitas balas.