A nostalgia dos filmes de piratas!
Com a estreia da quinta aventura de Jack Sparrow e sua turma em Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, bate aquela nostalgia do tempo em que os filmes de piratas eram uma constante nos cinemas. As décadas de 1940 e 50 garantiram a diversão de muitas plateias com as aventuras vividas nos sete mares por aqueles navios com bandeiras de caveira. Para relembrar um pouco os áureos tempos da pirataria na telona, o Formiga Elétrica preparou uma lista de cinco filmes, entre clássicos e releituras do gênero, finalizando a seleção com uma obra especial para quem foi uma criança feliz nos anos 80.
(Confira também o ranking da franquia Piratas do Caribe!)
Confira!
O Cisne Negro (1942), de Henry King
Pense num filme de aventura bem fechadinho, sem arestas para aparar. O diretor Henry King conseguiu isso neste clássico da década de 40, baseado no livro homônimo escrito por Rafael Sabatini. Para dar vida ao capitão Leench, que se nega a largar a pirataria após um decreto do governador da Jamaica, também um ex-pirata, foi chamado o galã Tyrone Power, nada brilhante em suas atuações, mas com o tipo físico perfeito para encantar o coração da mocinha Lady Margareth, interpretada por Maureen O’Hara. Boas cenas de ação e um colorido bem exuberante garantiram o Oscar de Melhor Fotografia em Cores para o longa.
O Barba Negra (1952), de Raoul Walsh
Conhecido por ser um ótimo diretor de faroestes, Walsh também teve suas experiências pelos mares do cinema. Neste filme com forte viés cômico, ele se baseia na lenda do Barba Negra, um dos mais notáveis piratas britânicos, que construiu um pequeno império nos mares caribenhos entre 1716 e 1718. Conquistado à espada e pistolas, diga-se de passagem. O ator Robert Newton interpreta o personagem-título com charme e muitas caretas, apagando ainda mais o sem graça antagonista bonzinho, vivido por Keith Andes.
O Pirata Sangrento (1952), de Robert Siodmack
No mesmo ano de O Barba Negra, Burt Lancaster deixa de lado o velho oeste e os filmes de guerra para dar vida a um pirata insólito. Sempre metido em confusões, ele acaba se envolvendo em uma Revolução no Caribe no século XVIII. Mais interessado em comédia que aventura, Siodmak fez uma das produções mais lembradas da chamada Era de Ouro dos filmes de pirata.
Piratas (1986), de Roman Polanski
Se Polanski (do recente A Pele de Vênus) já estampou mais a editoria de polícia que a de artes dos jornais, é um assunto à parte. Depois de mandar muito bem na sátira aos filmes de terror em A Dança dos Vampiros, nos anos 1960, o polonês optou pelo mundo dos piratas para realizar uma comédia de aventura onde a grande estrela é Walter Matthau na pele do capitão Red. Em plena década de 80, com produção da lendária Cannon, Polanski levou seus piratas para serem exibidos no festival de Cannes, fora da competição oficial. Mas quem disse que não teve prêmio? A produção levou dois César, um de Melhor Figurino e outro de Melhor Direção de Arte.
Os Goonies (1985), de Richard Donner
Ok, não é propriamente um filme de pirata. Mas Mikey, Brand, Gordo e Bocão não teriam vivido a maior aventura da adolescência se não tivessem encontrado o mapa que indicava o local do tesouro do pirata Willie Caolho. Por mais que o barco e o tal tesouro só apareçam no final do filme, a história escrita por Steven Spielberg e Chris Columbus tem o ritmo das narrativas de pirataria que fizeram a infância dos dois roteiristas mais divertida, graças à boa direção de Richard Donner (veja o Formiga na Tela sobre Superman no cinema, onde falamos dele). Por isso, nunca é demais lembrar do primeiro pirata da vida de muitos que estão na casa dos 30.