M E MONEYPENNY
Se existem as Bond girls também existem as Bond women, por assim dizer. Apesar de nos livros de James Bond e também nos filmes a figura imponente e respeitosa de M, chefe do Serviço Secreto Britânico ser um homem, uma jogada inovadora e arriscada foi feita em 1995 com o retorno triunfal de Bond ao cinema. O lendário personagem foi substituído pela figura de uma mulher. Desde de GoldenEye a gigante do cinema, Judi Dench, vem interpretando M e mostrando que até uma mulher consegue manter o mais eficiente espião em rédeas curtas. No último filme da franquia, 007 Operação Skyfall (Skyfall), lançado em 2012, a atriz deixou o papel após 17 anos. O novo intérprete de M é Ralph Fiennes.
Mas muito antes de Judi Dench tornar-se a superiora de James Bond, havia uma mulher que sempre esteve envolvida com o espião, pelo menos de um modo profissional que muitas vezes chegou muito perto de ultrapassar tais barreiras. A srta. Moneypenny, secretária pessoal de M apareceu pela primeira vez na aventura de estreia de 007 no romance Cassino Royale. Entre ela e Bond sempre houve uma atmosfera de flerte que nos filmes foi intensificada, com a secretária sempre se derretendo pelo espião que nunca deixou de atiçá-la. O interessante de tal relação é ver que quando Bond realmente está disposto a se envolver com Moneypenny é ela quem o rejeita sempre de modo provocador e brincalhão.
De 1962 a 1985 o papel da srta. Moneypenny foi interpretada pela britânica Lois Maxwell que atuou em quatorze filmes da série e sobreviveu a três Bonds diferentes. E pensar que a atriz que se imortalizou no papel da secretária de M quase ficou com o papel de Sylvia Trench no lugar de Eunice Gayson.
Com a chegada de Timothy Dalton na franquia uma Moneypenny mais jovem teve de entrar em cena e a atriz Caroline Bliss assumiu o papel nos dois filmes estrelados por Dalton. Com a estreia de Pierce Brosnan no papel de James Bond foi a vez de uma nova Moneypenny aparecer. Samantha Bond, que com um sobrenome como esse tinha o dever quase cívico de participar de um filme de Bond, embarcou na franquia em 1995 dando a Moneypenny um ar fatal e elegante além de uma dose extra da vacina anti-Bond.
Atualmente a personagem é interpretada por Naomie Harris. Nesta nova versão Moneypenny é uma ex-agente de campo sem muita competência para esse tipo de trabalho. Após quase matar 007 em Operação Skyfall ela passa a ser a nova secretária de M.
BOND GIRLS AO REDOR DO MUNDO
Para uma atriz ser escolhida como Bond girl era algo maravilhoso. Significava destaque internacional, a promessa de novos contratos com estúdios maiores além da imagem de sex symbol. Muitas foram as atrizes que decolaram em suas carreiras após terem interpretado Bond girls. Porém com o passar dos anos a situação se inverteu e ser uma Bond girl tornou-se uma espécie de estigma e um obstáculo para projetos maiores. Enquanto que anos antes uma atriz ficar marcada como uma das várias garotas que passaram pela vida de 007 era algo de grande poder e status, ultimamente tornou-se quase uma maldição. Ficar marcada por um personagem seria sempre ser vista como ele e não ser capaz de mudar, algo que para um ator ou uma atriz pode ser fatal.
O lado bom é que ao escolher atualmente uma atriz para o papel de uma Bond girl tornou-se algo para qual os produtores passaram a dedicar mais atenção e a fazer excelentes escolhas. Como prova de que a tal maldição das Bond girls não passam de superstição, atrizes que participaram recentemente de filmes do agente dispararam em suas carreiras e hoje brilham como nunca nas telonas, maior prova disso são as atrizes Eva Green, protagonista de 300: A Ascensão do Império e Sin City: A Dama Fatal, ambos lançados esse ano.