Em frente, apesar dos atrasos
Muito bem! O intervalo entre as edições está cada vez maior, graças aos atrasos gringos, mas vamos lá! Continuando aqui a análise dos capítulos de Cavaleiro das Trevas III – A Raça Superior, chegamos ao sétimo exemplar da saga do Batman envelhecido de Frank Miller e Brian Azzarello, com desenhos de Andy Kubert. Confira os comentários sobre os anteriores: Livro 1 Livro 2 Livro 3 Livro 4 Livro 5 Livro 6
Já sabe que tem SPOILERS por todo lado, não é? Vamos ao ao que interessa:
Depois do gancho deixado pelo capítulo anterior…
O livro 6 trouxe aquela reviravolta a favor da turma do bem, mas terminou com o que parecia ser o fim definitivo de Bruce Wayne. Claro, estamos falando de uma HQ de super-heróis e nunca podemos contar com uma morte de verdade, mas por onde mais essa história poderia correr? Enfim, não que essa opção ajudasse muito essa história, cujo roteiro já apelou bastante até aqui.
Pois é, mas o velho Homem-Morcego ainda não havia batido as botas. A solução para salvá-lo é bastante cara-de-pau, trazendo um elemento da mitologia do personagem que serve de deus ex machina, a popular muleta de roteiro (“migué” mesmo, se preferir a expressão popular) que tem aparecido bastante na DC e na Marvel, infelizmente. Jogaram o cara no Poço de Lázaro e pronto! Agora temos um Batman novinho em folha…
Fora isso, Miller e Azzarello investem no conflito interno de Lara, quando Quar exige que ela os leve à Ilha Paraíso para raptar seu pequeno irmão. A edição termina com o encontro dela com a Mulher-Maravilha, deixando no ar a dúvida se mãe e filha vão deixar suas diferenças de lado e lutar lado a lado. Essa rebeldia da personagem já não convencia antes e as dúvidas que o roteiro cria para ela não são o bastante para torná-la minimamente interessante.
Apesar dos pesares, os elogios à arte de Andy Kubert são constantes nestas análises, mas a narrativa já está perdendo a força e tornando-se manjada. O formato de capítulos curtos e o intervalo longo entre eles piora essa situação. Lembrando que essa edição ainda traz algumas páginas não colorizadas no final, apenas para cumprir a quantidade padrão. Que tal se usassem esse espaço para realmente continuar a história?
A mini-revista intragável
Já falei antes, mas lá vai novamente: essa ideia das mini-revistas que “expandem” o universo da HQ não serve para nada, além da qualidade sofrível de quase todas que saíram até aqui. Aqui temos a continuação da história do Lanterna Verde, vista na edição #3, com arte do próprio Frank Miller, que continua sem a menor disposição para desenhar cenários. Nada além de poucas páginas que “resolvem” o problema de Hal Jordan (ele perdeu a mão com o anel, lembra?), com a participação gratuita de um casal thanagariano.
Até aqui é isso…