O quadrinhista inglês Bryan Talbot não é muito conhecido por aqui, mas deveria ser. Há cerca de 15 anos, a Via Lettera publicou a ficção científica As Aventuras de Luther Arkwright, em dois volumes, e em 2006 foi a vez da Pixel trazer o personagem de volta em Coração do Império, também dividido em duas partes. Só uma parte do trabalho excepcional deste artista versátil, nascido em 1952, que continua sua produção no cenário britânico e mandou novidades nos últimos dias.
Bryan e sua esposa Mary estiveram no Lakes Festival, anunciando também um trabalho em conjunto. Para maio do ano que vem, pela editora Jonathan Cape, está programado o lançamento de The Red Virgin And The Vision of Utopia, ambientado em um período violento e repressivo da história da França. Conta a saga de Louise Michel, feminista que carregou a alcunha de “A Virgem Vermelha de Montmartre”. Anarquista, professora e poeta, entre outras coisas, lutou para defender a Comuna de Paris e assumiu a causa indígena contra a opressão colonial francesa.
Para o ano seguinte, Bryan Talbot tem previsto o quinto e último volume de Grandville, sua série antropomófica e steampunk. Alguém se habilita a publicar mais coisas dele em nossas terras?
