A terceira temporada de True Detective redime a série por seu segundo ano
Depois do sucesso que True Detective alcançou em 2014, alavancando o nome de seu criador, Nic Pizzolatto, a HBO meteu os pés pelas mãos no ano seguinte. Destacando-se pelo seu modelo de produção, onde os oito episódios da primeira temporada tiveram Pizzolatto como único roteirista e Cary Fukunaga como único diretor, repetir o estressante processo já no ano seguinte não foi uma boa ideia. Mesmo alternando diretores, a exigência do canal mostrou-se pesada demais para o idealizador da série, que não manteve a qualidade. A brilhante criação teve uma segunda temporada que fracassou em público e crítica, mas uma nova oportunidade chegou em 2019.
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Eis que a terceira temporada de True Detective resgata tudo que havia de especial. Como não poderia deixar de ser, existe uma investigação policial em curso, desta vez, envolvendo o desaparecimento de duas crianças. Wayne Hays (Mahershala Ali) e Roland West (Stephen Dorff) são os detetives destacados, mostrados em três momentos de suas vidas, ainda atormentados pela caso, em 1980, quando tudo começa, em 1990 e 2015. No ocaso de sua vida, Hays tem problemas de memória, tornando muito difícil a organizar essas lembranças distantes.
Como em seu primeiro ano, a parte técnica é brilhante e as atuações irretocáveis.As camadas menos óbvias desta história também trazem elementos que encantam o público, levando-o a refletir sobre a natureza da situação de Hays e sobre a própria estrutura narrativa da trama. Houve mais de um diretor durante os oito episódios deste arco, entre eles o próprio Pizzolatto, mas a unidade conceitual e estética não sofreu absolutamente nada por isso.
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