Um dos precursores do Giallo
Com direção do mestre Mario Bava*, aqui fazendo sua parte no surgimento do Giallo, estilo de suspense que se tornaria muito popular na Itália entre as décadas de 1960 e 70, Seis Mulheres Para o Assassino (6 Donne Per L’assassino) é um dos grandes em sua filmografia. Trazendo os elementos que se tornariam marcas registradas no sub gênero, como matadores mascarados usando luvas, nudez e violência gráfica, entre outros. Tanto o termo quanto suas características vem da literatura pulp italiana. Produções onde o que menos importava era o roteiro ou atuações, mas, mesmo assim, com uma fotografia interessante usando cores berrantes. Além disso, sobrava criatividade para driblar o orçamento apertado.
*(Já viu o programa sobre Banho de Sangue?)
A trama é ambientada em um conceituado ateliê de moda em Roma. Existe uma teia de relacionamentos que se revela após o assassinato de Nicole, uma das modelos, trazendo à tona um tubilhão que envolve consumo de drogas, traição e ganância. O assassino é uma figura de chapéu, sobretudo preto e uma máscara que faz com que ele pareça não ter rosto. Claro, ele também usa luvas.
Escapando dos clichês
Fugindo do óbvio, que seria acompanhar a polícia em sua investigação, este Giallo coloca os agentes da lei como meros acessórios. O foco fica nas revelações sobre cada um dos personagens, já que qualquer um pode ser o culpado, além dos exageros dramáticos que são o charme deste tipo de produção. Sobre as mortes, nada muitíssimo violento como fariam depois Dario Argento (veja o Formiga na Tela sobre Suspiria) e Lucio Fulci (que ganhou uma homenagem há pouco tempo), mas nem por isso menos gráficas. Bava sabia como usar as cores para atingir resultados belíssimos, o que realmente faz a diferença neste tipo de filme.
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Confira!