O terror sugestivo de O Rei de Amarelo
O fim do século XIX foi bastante representativo em termos artísticos e, evidentemente, a Literatura de Terror vinha agregando elementos da contemporaneidade e preparando o terreno para a consolidação do Horror Cósmico no século seguinte. Um dos recortes mais emblemáticos neste sentido é a obra de Robert W. Chambers, com seus quatro contos com a presença de O Rei de Amarelo. Com similaridades evidentes entre esses trabalhos e a mitologia que Lovecraft apresentaria depois, Chambers legou aos entusiastas do medo algumas das narrativas mais notáveis.
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O tal rei é um personagem de uma peça fictícia, cuja leitura do segundo ato causa uma inexplicável loucura. Insinuando bastante para criar uma atmosfera de estranheza e confusão, o autor foi muito bem sucedido. Lembrando que os contos aparecem em um contexto concomitante ao nascimento da psicanálise, e sendo a mente um dos territórios mais misteriosos até hoje, ele transcendeu sua época. Evidente que os primeiros leitores poderiam até acreditar que seria possível alguém enlouquecer lendo uma peça, mas a ausência deste detalhe nos leitores de hoje em dia não tira sem impacto.
A importância e a influência de O Rei de Amarelo é imensa. O público em geral hoje fala bastante em outros expoentes do Horror Cósmico, mas existe algo da presença de Chambers em várias obras. Algumas citando diretamente, como a primeira temporada de True Detective, ou outras indo por um caminho mais sutil. De qualquer forma, obrigatório.
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