Uma das grandes obras do Cinema mundial, Rashomon mantém sua relevância pelas décadas
Em 1950, apenas cinco anos após o fim da Segunda Guerra, o Japão apresenta ao mundo o filme que abriria os olhos do Ocidente para uma cinematografia singular do outro lado do globo. Não apenas isso, também seria um ponto de virada para a carreira de uma dos maiores cineastas de todos os tempos. Com Rashomon, Akira Kurosawa não apenas deu ao mundo um belíssimo exemplar cinematográfico que figura nas listas mais importantes até hoje, como também uma narrativa que surpreende pela sua atualidade e pelas reflexões que provoca.
Baseado em dois contos de Ryûnosuke Akutagawa, Rashomon teve seu roteiro escrito pelo próprio Kurosawa. A partir do relato de um crime bárbaro, onde um bandido é acusado de estuprar a noiva de um samurai, matando-o em seguida. São os testemunhos conflitantes dos envolvidos diretos no caso que formam o cerne da obra, fazendo o espectador experimentar a dificuldade de encontrar a verdade e fazer justiça. Fazendo o personagem do lenhador, que viu o caso de fora, como um espelho do espectador, o filme discute a dificuldade de manter a retidão em um ambiente corrompido.
Em se tratando de Kurosawa, é desnecessário comentar os méritos técnicos e a sempre brilhante atuação de Toshiro Mifune. Uma aula de montagem para qualquer estudante de cinema hoje em dia, o filme também destaca-se pela sua estrutura narrativa, mantendo um dinamismo que surpreende dentro desta temática e a época em que foi realizado.
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