A Sétima Arte e a Metalinguagem
Metalinguagem é, explicando de uma forma breve, é uma linguagem usada para falar de outra linguagem. As artes em geral fizeram uso desse recurso em diversos momentos, mas o cinema tem uma relação especial com ela. Por algum motivo, os cineastas, principalmente os norte-americanos, volta e meia falam sobre seu ambiente e sobre o próprio ofício de se fazer filmes. É um tipo de discurso que já gerou obras fantásticas e não é nem um pouco novidade. Passando por Crepúsculo dos Deuses, Ed Wood e outros mais recentes como Ave, César, dos Irmãos Coen, a grande indústria tem algum fetiche em falar de si mesma.
Mas o assunto não termina aí. A metalinguagem vai muito além do cinema falando sobre seu próprio ambiente profissional. Filmes com a característica surreal da autoconsciência de serem obras ficcionais, brincando com isso e fazendo seus personagens quebrarem a quarta parede, também são metalinguísticos, dando um ou mais passos em direção à subjetividade. É aqui que entram filmes menos afeitos às fórmulas comerciais de roteiro, como a cinebiografia do roteirista de quadrinhos Harvey Pekar, Anti-Herói Americano. Os roteiros de Charlie Kaufman, como Quero Ser John Malkovich e, principalmente, Adaptação, onde o próprio roteirista é um personagem às voltas com problemas em adaptar um livro difícil, também se encaixam nesta categoria.
O tema é riquíssimo, portanto, dedicamos este episódio do Formiga na Tela à Metalinguagem no Cinema, discutindo algumas obras e procurando exemplos deste tipo de narrativa. Confira mais este bate-papo descontraído, que acabou tornando-se metalinguístico também, e inscreva-se no canal, caso ainda não acompanhe nosso trabalho. Dê um like no vídeo, comente e compartilhe. Se preferir, mande um email para [email protected]. Estaremos de volta na semana que vem, com outro tema que rende uma boa discussão. Não perca.
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