Vamos falar de mangá shoujo?
Até os anos 60, mangás, os quadrinhos japoneses, tinham sua produção majoritariamente realizada e dominada por homens – como de costume em outros cenários também. Embora o sistema de categorização do país sempre tenha tido o gênero designado para meninas e jovens mulheres, chamado shoujo, a criação dentro desta seara também pertencia a autores do gênero masculino. Com a chegada da contracultura, ventos de mudança começaram a despontar em terras nipônicas. E, com ele, um conjunto de autoras que revolucionou o gênero shoujo e o alçou a ambições nunca antes vistas: o Grupo de 24.
Também chamado de Grupo das Flores de 24, essas mulheres possuíam características criativas bastante heterogêneas, o que contribuiu para uma produção bastante plural através da década de 60. Representadas por nomes como Moto Hagio, Keiko Takemiya e Riyoko Ikeda, trabalharam temas delicados de forma sensível porém assertiva, e trouxeram a ficção científica, a fantasia e o horror para debater questões políticas, identitárias e de sexualidade, deixando de lado os insossos melodramas familiares produzidos por homens que definiam o shoujo até então.
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