Marco da TV mundial, Mad Men surpreende por vários motivos
A terceira Era de Ouro da TV norte-americana começa com The Sopranos, em 1999. Pode ser discutível estabelecer um momento em que esse período acaba, mas não há como negar que Mad Men é um dos seus grandes momentos, rendendo assunto até hoje pela sua excelência técnica e dramática. Mais do que um grande estudo de personagens, é um crônica da evolução dos costumes a partir de 1960, quando encontramos o misterioso publicitário Don Draper.
Criada por Matthew Weiner, com créditos como roteirista em The Sopranos, para o canal AMC, a série teve sete temporadas de 2007 a 2015. Weiner, tendo aprendido com David Chase, foi um showrunner autocrático que trouxe muito de suas vivências pessoais para Mad Men. Aliás, algo que também aconteceu com o protagonista interpretado brilhantemente por Jon Hamm. Todas essas histórias são detalhadas no livro Homens Difíceis, de Brett Martin, essencial para entender a virada que elevou a qualidade das séries como um todo.
Mad Men mostra o cotidiano de uma agência de publicidade, na Madison Avenue, em NY. Daí já vem o trocadilho do título, onde a trajetória de Don Draper nos apresenta um mundo de pessoas infelizes, tentando vender felicidade através de produtos vazios. O público tem acesso algumas camadas abaixo do verniz do sonho americano, conduzidos em um ritmo narrativo preciso e potencializado pelo ótimo elenco, com destaque também para Elizabeth Moss.
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