Jim Starlin ainda tem em Dreadstar a sua maior realização
O começo da década de 1980 foi uma época de experimentalismo na Marvel, que tinha em seu selo Epic um espaço para histórias mais ousadas. Tanto no visual quanto no conceito, é bom lembrar, mas, além disso também havia uma particularidade importante ali. Séries de propriedade do autor, que eram novidade naquele momento. Nesse contexto, Jim Starlin já era um nome conhecido e sedimentado pelo seu trabalho com os personagens cósmicos Capitão Marvel, Adam Warlock e o titã louco Thanos, criação sua. Era hora de alçar vôos mais altos e o roteirista/artista apresentou Dreadstar ao mundo.
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Porém, Vanth Dreadstar não chegou ganhando um título próprio. O personagem estreou na ambiciosa saga cósmica* A Odisseia da Metamorfose, como parte de um conflito muito maior. Influenciado por toda carga ocultista que as décadas de 1960 e 70 trouxeram, mais as experiências vividas na Guerra do Vietnã, Starlin criou um cenário de guerra espacial que envolveu duas raças antiquíssimas e a seleção de alguns seres para anunciarem uma nova era. Dreadstar, o amargurado guerreiro solitário, se vê no meio deste conflito, precisando lidar com um poder enorme que lhe foi conferido e seu papel de predestinado. A influência de Elric, de Michael Moorcock, é evidente.
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Após a tour de force artística da Odisseia, o fim da guerra leva Dreadstar milhões de anos no futuro, em meio a uma disputa de poder entre a Monarquia e a Igreja da Instrumentalidade, pelo controle da Galáxia Empírica. Agora um rebelde, ele e seu grupo lutam para restaurar a paz e livrar o povo do jugo de uma instituição corrupta. O personagem ainda trocaria de editora antes de concluir sua saga, o que até hoje gera problemas editoriais, assunto que também discutimos no vídeo.
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