Paul Chadwick e a jornada emocional e psicológica de Concreto
A década de 1980 é particularmente importante para a mídia de Quadrinhos, afinal de contas, surgiram tantos trabalhos que chamaram atenção da mídia, como Maus, Watchmen e, nosso interesse principal aqui, Concreto, de Paul Chadwick. A Dark Horse, com sua linha editorial de séries de propriedade do autor, bancou a ideia cuja premissa parecia ser de uma HQ genérica de super heróis, mas estava bem longe disso. Na verdade, muito mais distante do que parecia, já que buscava uma desconstrução singela de um gênero de HQ que precisava de uma revisão naquele momento.
Concreto é, na verdade, Ron Lithgow, uma pessoa comum, com um emprego tedioso. Divorciado, frustrado emocionalmente e um tanto desiludido com a vida em geral, ele tem sua virada em um estranho contato com alienígenas. Durante essa abdução, ele tem seu cérebro transplantado para um corpo de um material parecido com concreto, virtualmente indestrutível e com visão e resistência extraordinários. Chadwick explora essa condição de uma maneira interessante, mostrando Ron interessado em aproveitar essas novas possibilidades, renunciando ao contato com outras pessoas e uma vida normal.
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