Cidade dos Sonhos, um momento marcante na carreira de David Lynch
Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive) foi dirigido e produzido por David Lynch em 2001, chamando bastante atenção na época de seu lançamento. Firmou-se como um dos mais lembrados (e melhores, por que não?) trabalhos do cineasta. Partindo de uma ideia original de uma série de TV para a rede ABC, procurando repetir o êxito de Twin Peaks, o projeto transforma-se em um longa metragem depois que a emissora descartou o projeto. O apoio do Canal Plus, da França, possibilitou a finalização do filme.
Premiado na categoria de melhor diretor em Cannes, Cidade dos Sonhos traz em seu elenco Naomi Watts, Laura Harring e Justin Theroux, em meio a uma trama que tem em seu título original o nome de uma avenida famosa de Los Angeles. Com a tradicional pegada com toques surrealistas que se espera dos trabalhos do cineasta, o filme coloca o espectador para juntar as peças de uma narrativa que mostra uma aspirante a atriz tentando ajudar uma mulher desmemoriada, que sofre uma tentativa de assassinato. A investigação desse passado as conduz a uma grande quantia de dinheiro e uma misteriosa chave azul.
Através desta premissa aparentemente simples, Lynch constrói uma crítica à própria cultura hollywoodiana e os tipos que povoam essa indústria nos bastidores. Metalinguístico e com toques do cinema noir, algo que ele já trazia desde Veludo Azul, Cidade dos Sonhos não chega a ser um filme tão absolutamente aberto em sua interpretação, como quase sempre se espera do diretor. Claro que existe espaço para isso, mas, surpreendentemente, aqui as coisas fecham-se de uma forma relativamente clara.
O assunto é rico e rende uma bela discussão, por isso, este episódio do Formiga na Tela é dedicado ao filme. Confira mais esta conversa e não se esqueça de inscrever-se no canal, se ainda não acompanha nosso trabalho. Curta o vídeo, comente e compartilhe. Também mande um email para [email protected], caso não queira seu comentário público. É isso aí. Até a semana que vem!
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