Balas Perdidas é um estudo sobre a violência
Na segunda metade da década de 1990, foi visível a influência de Quentin Tarantino e seu Pulp Fiction no cinema. Não apenas em termos de estrutura narrativa, como no tratamento dado ao mundo do crime e à violência geral. Os Quadrinhos também beberam desta fonte e Balas Perdidas (Stray Bullets), de David Lapham, é um dos casos bem sucedidos, já que não buscou um simples pastiche, mas uma discussão abrangente sobre violência em um cenário fragmentado. Com histórias fechadas, mas sutilmente interligadas dentro da proposta, a série se desenrola há anos e só ganhou dois volumes no Brasil pela Via Lettera, entre 1998 e 99.
Lapham, escrevendo e ilustrando, faz um trabalho que vai muito além de um neo noir estiloso. A arte em preto e branco se mescla a um texto com profundidade literária, dentro de uma narrativa visual que não se propõe a nenhum grande arroubo estilístico, justamente para não tirar atenção do que realmente importa. Balas Perdidas, foi publicada de forma independente em seu início, sendo retomada depois de um hiato sob o selo da Image, que tem apresentado a série para um público maior. Neste momento, o autor prepara o encerramento desta longa trajetória.
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