As Crônicas Marcianas, de Ray Bradbury, na pauta do videocast
Uma das obras mais lembradas do norte-americano Ray Bradbury (Fahrenheit 451, A Cidade Inteira Dorme), o livro de contos As Crônicas Marcianas (The Martian Chronicles), que já teve uma resenha no site, foi publicado originalmente em 1950. Girando em torno da colonização terráquea em Marte, com os humanos saindo de uma Terra sob a ameaça de uma guerra atômica, tem um escopo conceitual e filosófico bastante amplo. Indo muito além do que esta brevíssima descrição sugere, Bradbury se vale da situação do forasteiro tentando se assentar, sentindo solidão e desamparo, sentimentos inevitáveis durante este processo.
Semelhante ao que Isaac Asimov realizou em Eu, Robô, o autor criou pequenas narrativas que estão sutilmente interligadas dentro da mesma situação. Creditando John Steinbeck, mais precisamente pelo clássico As Vinhas da Ira, como uma de suas inspirações na estrutura de seu trabalho, ele brincava que tratava-se de “um livro de contos fingindo ser um romance”. Edgar Rice Burroughs, com seu John Carter, também foi citado como uma grande influência neste contexto onde a preocupação não é a acuidade científica.
Ray Bradbury (1920-2012)
Dividido em três fases, As Crônicas Marcianas enfoca em seu primeiro terço os esforços dos terráqueos em chegar ao Planeta Vermelho. Aliás, neste ponto já descobrimos que muitos marcianos acabaram perecendo por conta de expedições anteriores. No segundo ato, já existe uma colônia da Terra, com seus habitantes preocupados em fazer do lugar algo familiar a eles. Ocasionalmente, os recém-chegados tem contato com alguns poucos marcianos sobreviventes. O terceiro segmento lida com as consequências da guerra no antigo lar, desastre que os humanos não conseguiram evitar.
Um clássico absoluto no campo da ficção científica, o trabalho de Ray Bradbury foi o tema de mais um Formiga na Tela. Curta o vídeo, comente e compartilhe. Caso ainda não acompanhe nosso canal, inscreva-se. Caso queira nos mandar sugestões, críticas ou o que quer que seja, escreva para [email protected].
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