Bryan Talbot e As Aventuras de Luther Arkwright
Não apenas um marco dos quadrinhos ingleses, surgido em um momento de estagnação, As Aventuras de Luther Arkwright é um trabalho que define a genialidade de seu criador. Bryan Talbot não é chamado de David Bowie dos quadrinhos à toa e isso não se deve apenas pelo estilo do traço versátil. Capaz de transitar por diversos tipos de temáticas e narrativas visuais, o roteirista/desenhista é um patrimônio da Nona Arte que merecia um reconhecimento maior do público ao redor do mundo, certamente. Aliás, Luther Arkwright já foi comentado por aqui neste artigo.
Lidando com o conceito de universos paralelos, e extrapolando-o ao máximo, Talbot apresentou Luther Arkwright como uma espécie de êmulo do personagem de Michael Moorcock, Jerry Cornelius. Após algumas HQ’s soltas, a saga que viria a ser chamada As Aventuras de Luther Arkwright tomou forma em meados da década de 1970. Já um roteirista e artista competente, o autor destilou toda sua gama de influências e seus posicionamentos pessoais na história do agente que trabalha para uma organização que mantém a coesão do Multiverso.
Luther Arkwright precisa deter os Dilaceradores, um grupo niilista que age em uma paralela onde Oliver Cromwell continua no poder. Os desdobramentos da aventura também desvendam os mistérios sobre a origem do protagonista e seu verdadeiro propósito. As inovações gráficas transformariam para sempre o mercado britânico, que atingiria também a grande indústria dos EUA através da Invasão britânica.
Confira nosso vídeo sobre As Aventuras de Luther Arkwright e descubra o trabalho de HQ em língua inglesa mais importante de todos os tempos, segundo Warren Ellis. Curta, comente e compartilhe. Ainda não se inscreveu? Inscreva-se e marque o ícone do sino para ser notificado a cada novo vídeo. Se quiser mandar um email, escreva para [email protected].
É isso! A gente se vê na semana que vem.
Assista!